A capital do Cazaquistão, Astana, acolhe desde hoje uma nova ronda de negociações de paz sobre a Síria, sob os auspícios da Rússia, Turquia e Irão.
Um esforço marcado já pela recusa dos rebeldes em negociarem à mesma mesa com a delegação do presidente Bashar Al-Assad.
Os representantes do chamado Exército Livre Sírio, o maior grupo de rebeldes, apoiado pela Turquia, afirmam que Damasco não está a respeitar o cessar-fogo acordado a 30 de dezembro.
A oposição critica ainda o papel de mediador da Rússia, num momento em que continua a exigir que Moscovo pressione as milícias xiitas do Hezbollah libanês, aliadas de Bashar Al-Assad, a retirar-se do conflito.
O frágil cessar-fogo decorre depois da aviação síria e russa terem sido acusadas de visarem alvos civis e grupos da oposição, durante a ofensiva do regime que permitiu retomar os bairros rebeldes da cidade de Alepo.
As negociações em Astana, para já indiretas, deverão centrar-se na questão do reforço da trégua no terreno, quando Damasco continua a exigir o desarmamento dos rebeldes para discutir a reconciliação.
A ONU e os EUA, representado pelo embaixador do país no Cazaquistão, participam igualmente nas discussões, quase um ano após o fracasso de uma primeira trégua negociada pelo enviado das Nações Unidas para a Síria.