Brexit: Nicola Sturgeon quer estragar festa de Theresa May

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Para Theresa May, o Brexit não significa ter de optar entre o controlo das fronteiras e um bom acordo comercial com os países da União Europeia. A primeira-ministra britânica quer uma saída da União que lhe permita manter vantagens ao nível do comércio, o que para os críticos será algo como “querer sol na eira e chuva no nabal”. A chefe do governo prometeu dar mais detalhes nas próximas semanas: “Olhar para esta questão como uma questão de tudo ou nada, ou seja, em que ou temos controlo da imigração ou temos um bom acordo comercial, é uma perspetiva errada. Fora da União Europeia, vamos ter controlo da imigração, vamos poder estabelecer as nossas regras quanto às pessoas que vêm para o Reino Unido dos países membros da União Europeia, mas estamos também a trabalhar para poder ter o melhor acordo comercial possível com a União, no quadro do acordo para o Brexit”, disse a primeira-ministra.

We will seize the opportunity to build the shared society by embracing genuine and wide-ranging social reform. https://t.co/PlcSfXYLin— Theresa May (@theresa_may) January 8, 2017

Se, para Theresa May, está tudo a correr bem, o mesmo não pensa a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, que insiste na ameaça de um novo referendo à independência: “Se o governo do Reino Unido pensa que estou a fazer bluff, está muito enganado. Há dois anos, quando fizemos o referendo, disseram-nos que a Escócia não podia deixar o Reino Unido, porque liderava o Reino Unido. Aqui estamos, votámos para permanecer na União Europeia, disseram-nos que permanecer no Reino Unido era a única forma de permanecer na União Europeia. Isso cria uma questão fundamental para a Escócia”, disse Sturgeon.

For those asking what I mean by ‘soft Brexit’ read scotgov paper on single market membership and expanded powers – https://t.co/mEGFx12RPV— Nicola Sturgeon (NicolaSturgeon) January 6, 2017

Ao contrário do que se registou em Inglaterra, a Escócia votou maioritariamente a favor da permanência na União Europeia, no referendo do ano passado, com 62% dos votantes a querer ficar. Esta vontade de permanecer na União traz os argumentos independentistas de novo à baila e é uma nova arma para os defensores de uma Escócia independente do Reino Unido.

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