A Rússia tem “uma longa história” de interferência nas eleições norte-americanas e altos responsáveis russos estão por trás de ciberataques para prejudicar o Partido Democrata e favorecer a vitória de Donald Trump nas presidenciais dos Estados Unidos.
Quem reitera a acusação é o diretor dos serviços secretos norte-americanos, numa audiência no Senado.
James Clapper afirmou que “remonta aos anos 60, à época da Guerra Fria. Fundavam e ofereciam apoio a candidatos que preferiam e recorriam à desinformação. Mas acho que nunca enfrentámos uma campanha mais agressiva ou direta para interferir no processo eleitoral, do que aquilo a que assistimos neste caso”.
As declarações reforçam o braço-de-ferro entre os serviços secretos e o presidente eleito, favorável a uma aproximação com Moscovo e que rejeitou as acusações de interferência de “hackers” russos na campanha eleitoral.
Questionado sobre o impacto das declarações de Trump na comunidade de espionagem norte-americana, Clapper afirmou que “há uma diferença entre ceticismo saudável e calúnia”.