Está para breve o fim das operações de evacuação de Alepo oriental. A conclusão deverá acontecer, no máximo, dentro de dois dias, embora o objetivo seja já esta quarta-feira.
Com luz verde de Damasco, as Nações Unidas vão enviar 20 homens adicionais para monitorizar o processo.
Muitos civis são enviados para território rebelde, outros vão para a Turquia, onde se juntam às centenas de milhares de refugiados junto à fonteira.
O desafio agora é enfrentar as condições agrestes do inverno.
De acordo com Ancara, já foram retiradas 37 mil pessoas do leste de Alepo, a Cruz Vermelha fala em 25 mil.
Quanto a Foua e Kefraya, vilas de maioria xiita, cercadas pelos rebeldes, já saíram 750 pessoas.
A evacuação das duas povoações é uma contrapartida prógovernamental para autorizar a retirada de Alepo.
Com o som das armas silenciado outrora a maior cidade do país, são muitos os que aspiram regressar às suas casas se ainda estiverem de pé.
Mas aqui falta tudo, principalmente água e eletricidade.
“Já lá vão cinco anos desde que deixei este sítio, desde que os grupos terroristas entraram e nos empurraram para fora. Agora, regresso à minha loja para começar a repará-la. Eles arruinaram as lojas, os nossos lares, arruinaram tudo”, explica um residente do distrito de Marjeh.
Os combates em Alepo duraram 4 anos numa guerra civil que já conta com quase 6 anos, cerca de 400 mil mortos e milhões de refugiados.