As declarações da Casa Branca que acusam a Rússia de ter perturbado a eleição presidencial norte-americana com a ajuda de piratas informáticos dominaram a conferencia de imprensa de Brack Obama, a menos de um mês da passagem do poder.
O ainda presidente dos Estados Unidos fez um balanço do seu mandato e lançou críticas aos aliados do regime sírio que acusou de graves atrocidades e de violação do direito internacional.
“Vimos a estratégia deliberada de cercar, cercar e matar de fome pessoas civis inocentes. Vimos uma perseguição implacável de trabalhadores humanitários e pessoal médico, bairros inteiros reduzidos a escombros e poeiras, e há relatos contínuos de civis sendo executados. Violações do direito internacional … A responsabilidade por essa brutalidade está em um só lugar: com o regime de Assad e seus aliados, Rússia e Irã, e essas atrocidades estão em suas mãos “
Barack Obama disse também que o seu governo “vai tomar medidas” contra a Rússia pelos ataques informáticos ocorridos durante as eleições para a Casa Branca com o objetivo de interferir nos resultados.
“Não há muita coisa a acontecer na Rússia sem Vladimir Putin, é uma operação bastante hierárquica … Por fim, verifiquei que não há muito debate e a deliberação democrática, especialmente quando se trata de políticas dirigidas aos EUA”
A Rússia já rejeitou por diversas vezes as suspeitas norte-americanas, classificando-as de “gratuitas”, “não profissionais” e de “não estarem apoiadas em qualquer informação ou prova”.
Trump, por seu turno, voltou a sugerir que a Casa Branca tem intenções partidárias ao acusar a Rússia de estar por trás da ação dos piratas informáticos contra a sua rival democrata.
Responsáveis dos serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que Putin está pessoalmente envolvido no caso da pirataria informática que marcou as presidenciais de 08 de novembro.