O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que nomeará como embaixador do país em Israel o advogado David Friedman, que apoia o desenvimento dos colonatos nos territórios ocupados.
Friedman disse que espera cumprir as responsabilidades na “embaixada dos Estados Unidos na capital eterna de Israel, Jerusalém”, embora a representação diplomática oficial dos EUA fique em Tel-Aviv.
Trump, como alguns de seus antecessores, se comprometeu mudar a embaixada norte-americana para Jerusalém.
Uma medida também distanciaria os EUA de grande parte da comunidade internacional, inclusive de aliados mais próximos na Europa Ocidental e no mundo árabe.
O presidente eleito disse ainda que o embaixador “manterá a relação especial” entre o país e Israel.
A nomeação, por outro lado, provocou críticas entre grupos judaicos progressistas. Presidente do grupo J Street, Jeremy Ben-Ami disse que a escolha foi “imprudente” .
O democrata Bill Clinton e o republicano George W. Bush prometeram mudar a embaixada dos EUA para Jerusalém, mas recuaram da ideia depois de assumir a presidência. Israel ocupou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas a anexação não é reconhecida internacionalmente.
O autarca de Jerusalém, Nir Barkat, disse que já conversou com Trump sobre o tema e que o presidente eleito fala a sério sobre a mudança de endereço da representação diplomática.