Síria, migração, defesa e Brexit dominam cimeira da União Europeia

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Em apenas um dia serão debatidos meia dúzia de grandes temas na última cimeira da União Europeia de 2016, em Bruxelas.

A política externa e de defesa é um dos pontos mais quentes, sobretudo devido ao agudizar da crise na Síria.

À chegada para o encontro, o presidente francês, François Hollande, defendeu um “ultimato humanitário, que consiste na exigência de permitir que a população, que está ameaçada e refém, saia de Alepo através da abertura de um corredor humanitário”.

“Nas próximas horas, se não forem feitos esses esforços, digo que os regimes que apoiam Bashar al-Assad vão ter de assumir a responsabilidade por esta situação extremamente grave para a população. Eu falo muito com a Rússia, mas esse país não cumpre os compromissos, pelo que agora é preciso obter uma trégua”, acrescentou Hollande.

Em cima da mesa está também a política para refugiados e migrantes, que a Europa tenta conter com acordos com os países de origem e de trânsito.

A Alemanha tem deportado afegãos, apesar da ameaça jihadista que enfrentam, mas a chanceler Angela Merkel argumentou que “todas as parcerias que fizemos sobre migração têm por base a ideia de que desenvolvimento, segurança e luta contra o tráfico humano são parte do pacote, para que as pessoas não corram perigo”.

Economia, emprego, e as relações com a Ucrânia e a Rússia também serão temas debatidos por todos, mas Theresa May não participará no jantar para analisar o Brexit.

A primeira-ministra britânica disse que “sabendo que invocaremos o artigo 50 do Tratado até ao final de março, é correto que os outros líderes se preparem para essas negociações. Vamos sair da União e queremos que seja um processo suave e ordenado. Isso é do nosso interesse e do interesse do resto da Europa”.

Estes temas continuarão a dominar a agenda em 2017, sendo que as presidências rotativas da União Europeia caberão aos pequenos países de Malta e Estónia.

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