A evacuação de civis e de feridos do leste da cidade de Alepo, no norte da Síria, foi adiada e para já sem explicação oficial.

Depois do cessar-fogo anunciado após um acordo entre a Turquia e o aliado mais forte do Presidente Bashar al-Assad, a Rússia, e celebrado como uma vitória pelo regime sírio, estava previsto começar na madrugada desta quarta-feira a evacuação dos últimos residentes entrincheirados no que resta da parte leste de Alepo, mas a operação foi suspensa e apenas deverá iniciar-se quinta-feira.

Desde Paris, em França, o Presidente do Conselho local do Leste de Alepo explicava terça-feira à noite que “o acordo (de evacuação) inclui os grupos de combatentes e os civis de Alepo”. “A minha responsabilidade é proteger as pessoas e, por isso, encorajar esta iniciativa, mas infelizmente as garantias de que aqueles civis não sejam massacrados pelo regime são frágeis”, lamentava Brita Hagi Hasan, na capital francesa.

Pelas redes sociais, o grupo Alepo Media Center revelava pelas dez e meia da noite, hora de Lisboa, a iminente partida do primeiro grupo de civis sitiados no leste de Alepo, entre eles muitos feridos. Pouco depois, anunciava que essa evacuação tinha sido adiada.

Os rebeldes garantem, ainda assim, que o cessar-fogo no leste de Alepo se mantém.