O UniCredit, maior banco italiano, vai despedir, no total, 14.000 trabalhadores até 2019 e realizar um aumento de capital de 13.000 milhões de euros já no próximo ano.
Com o plano de restruturação, detalhado esta terça-feira, espera poupar 1100 milhões de euros em despesas com pessoal e ainda limpar das contas perto de 18.000 milhões de euros em crédito malparado.
Italian banking crisis: UniCredit to raise €13bn https://t.co/bzRDxo9FUV— The Guardian (@guardian) December 13, 2016
Um analista da Fidelity International, Tom Stevenson, explica que “o plano do UniCredit é arrojado, é pragmático e implica medidas robustas”, recordando que “o sistema bancário italiano está numa situação difícil há bastante tempo, não apenas por causa do UniCredit e do Monte dei Paschi”, concluído que “a solução para o problema foi adiada durante demasiado tempo”.
Para além dos problemas com os bancos e na economia, o anúncio do UniCredit surge em mais um momento de crise política, em Itália, com um novo governo que tomou posse após a demissão de Matteo Renzi – depois de ter perdido o referendo sobre alterações à Constituição – e com a expectativa de eleições antecipadas em meados do próximo ano.