A comunidade cristã copta egípcia celebrou esta segunda-feira uma missa em intenção das 24 vítimas mortais do atentado de domingo.
As cerimónias tiveram lugar na igreja de Santa Maria e Santo Atanásio, numa zona da capital longe do local onde aconteceu o atentado.
O engenho explosivo foi ativado durante uma missa à porta da capela de São Pedro, anexa à catedral de São Marcos, sede patriarcal da Igreja Ortodoxa copta. De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde, ficaram feridas pelo menos 45 pessoas, das quais 20 deixaram já o hospital.
“Somos todos irmãos, muçulmanos e cristãos, e rejeitamos este tipo de atuação. Quando se trata de terrorismo, o governo deveria ordenar que os tribunais militares acelerem os julgamentos e pronunciem rapidamente sentenças”, afirmou um habitante do Cairo, Mustafa Tolba.
“Isto é muito difícil para todos os egípcios. Ninguém concorda com tais atos, sejam contra cristãos ou contra qualquer outra religião”, disse Ahmed Abdel Salam, outro residente.
Não foi ainda reivindicada a autoria deste atentado contra os cristãos coptas, que constituem cerca de 10% da população do Egito.
O último atentado contra a comunidade copta do Egito teve lugar numa igreja de Alexandria na madrugada de 1 de janeiro de 2011, quando um carro armadilhado explodiu, matando 23 pessoas.