O parlamento da Coreia do Sul aprovou a destituição da Presidente. A moção, que passou com 234 votos a favor, 56 contra, 2 abstenções, segue agora para o tribunal Constitucional, a quem cabe validar a decisão.
Park Geun-Hye viu-se envolvida num escândalo. O Ministério Público acusa-a de ter sido manipulada por uma amiga sua Choi Soon-sil, dois antigos assessores presidenciais e dois ex-colaboradores acusados de corrupção e tráfico de influências. Este núcleo é suspeito de ter pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares (62 milhões de euros) a duas fundações. A Procuradoria do país diz que a Presidente teve um papel “considerável” neste esquema.
A indignação chegou ao seio do seu próprio partido que tinha proposto formalizar em abril a demissão da Presidente.
Há várias semanas que centenas de milhares de pessoas saem às ruas para pedir a demissão da Presidente. Trata-se das maiores manifestações na Coreia do Sul desde os protestos pró-democracia da década de 80 do século passado.