Cuba: Traficante de armas e "amigo"de Fidel Castro recorda a viagem do Granma

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O homem que ajudou o jovem Fidel Castro a navegar para a revolução recorda o velho amigo e diz ter ficado mudo quando soube da sua morte.

Sessenta anos depois de ter facultado ao jovem revolucionário cubano um iate cheio de armamento com destino a Cuba, o traficante de armas da Cidade do México, Antonio del Conde, lembra:

“Quando um amigo e camarada me disse, porque eu tinha acabado de chegar a Tuxpan, eu não podia falar. Ele mudou a minha vida, como mudou a vida de muitas pessoas em diferentes países ao redor do mundo, não apenas nas Américas. Conheci-o por volta de 1955 numa concessionária de armas que eu tinha. Ele entrou na minha loja para se abastecer. Preparamos a expedição, no iate Granma e ontem em Tuxpan, comemoramos o aniversário dessa viagem de há 60 anos”.

António del Conde de 90 anos, encontrou Fidel Castro na década de 1950, vendeu-lhe as armas que fizeram a revolução e facultou-lhe igualmente o “Granma” o iate que lhe permitiu a saída da cidade de Tuxpan, no golfo mexicano, para liderar a insurgência.

Os 82 insurgentes, incluindo o “Che” Guevara, partiram na madrugada de 26 de novembro de 1956, para atracar em Cuba uma semana com Fidel Castro a bordo para liderar a insurgência.

Derrubaram Batista em 1959, três anos mais tarde. Castro morreu no mesmo dia em que em Tuxpan se comemorava o 60º aniversário da partida do Granma.

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