O partido pró-curdo HDP organizou um protesto contra o governo do Presidente da Turquia, esta quinta-feira, em Bruxelas, tendo participado cerca de três mil pessoas, de acordo com a polícia da Bélgica.
Membros das minorias assíria, arménia e alevita também se juntaram.
Um manifestante disse à euronews que “o exército era o garante da laicidade na Turquia, mas o Presidente acabou com o exército e, em seguida, com a justiça. Não sabemos o que é que quer mais porque já tem o poder todo”.
Partidos da esquerda radical também marcaram presença, mas não o principal partido da oposição, o social-democrata CHP.
Os manifestantes pediram maior pressão diplomática contra a deriva autoritária do governo.
Um jovem curdo que veio da Alemanha para a manifestação disse que “a União Europeia tem apoiado o governo turco e Erdogan. Gostaríamos de apelar aos países europeus para cortarem os laços com o governo turco e para lhe aplicarem sanções”.
Na véspera, Erdogan acusou a Bélgica de apoiar curdos independentistas e o movimento oposicionista do exilado Fetullah Gulen, o que foi de imediato rejeitado pelo governo belga.