Chefes da diplomacia da UE debatem vitória de Trump em "jantar informal"

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Reunidos num “jantar informal” em Bruxelas, os chefes da diplomacia da União Europeia esforçaram-se por desdramatizar as relações com a futura administração norte-americana conduzida por Donald Trump, defendendo uma “parceria bastante forte” com Washington.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslováquia, Miroslav Lajcak, afirmou que estão “conscientes de que haverá uma visão mais à americana” do outro lado do Atlântico, “por isso deve haver mais Europa deste lado. Mas ninguém questiona o resultado das eleições e a disponibilidade para trabalhar com os Estados Unidos”.

O encontro ficou marcado pela ausência do homólogo francês, Jean-Marc Ayrault, por “razões de agenda” e, em particular, do britânico Boris Johnson, defensor do Brexit, que disse “não ver a utilidade” desta reunião extraordinária.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, ironizou, dizendo que “alguns na Europa surpreendem-se mais quando esse país está presente na mesa dos 28 do que quando está ausente. É apenas normal que um país que decidiu sair da União Europeia não esteja tão interessado nas discussões acerca do futuro das relações com os Estados Unidos”.

Segundo a correspondente da euronews, Efi Koutsokosta, “a maioria dos ministros tentou retirar importância a este jantar, que a imprensa e alguns responsáveis europeus diziam resultar do pânico face à vitória de Trump. Apesar de muitos dizerem estar à espera para ver a nova direção da política externa norte-americana, há uma grande preocupação, por exemplo, no que diz respeito às relações com a Rússia, um assunto que divide os Estados-membros”.

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