Centenas de milhares de sul-coreanos pedem demissão da presidente

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Centenas de milhares de sul-coreanos sairam às ruas de Seoul para pedir a demissão da presidente Park Geun-hye naquela que é uma das maiores manifestações a que o país assistiu desde a democratização, em 1987.

Noise here is deafening. People using phone lights, candles to light the streets up. pic.twitter.com/gN3H39cOxM— James Pearson (@pearswick) November 12, 2016

A polícia calculou os participantes em cerca de 200 mil, os organizadores do protesto falam de perto de um milhão.
O porta-voz da Confederação Coreana de Sindicatos, Nam jung-Su, afirmou: “Hoje, reuniu-se o maior número de membros da Confederação de sindicatos coreanos em toda a sua história para exigir a demissão e prisão da presidente Park Geun-hye”.

학교 선배님이 보내주신 현재 광화문역 상황입니다. 주민들도 못나가고 있다고 합니다. pic.twitter.com/ouzOrw2mZ4— ✿ 카티엘 ✿ (@katiel_bears) November 12, 2016

Um trabalhador não especializado acrescentava: “Vim aqui para pedir a demissão da administração de Park Geun-hye, que piorou as condições de vida aos trabalhadores, desorganizou completamente o governo estatal e monopolizou assuntos de estado dentro da secreta casa do poder. Sabe muito melhor gritar juntamente com muito mais pessoas.”

A presidência foi abalada pelo escândalo de uma confidente de Park Geun-hye poder ter explorado a relação próxima para ameaçar empresas e extorquir-lhes dezenas de milhões de dólares para fundações que controlava bem como de ter manipulado o poder nos bastidores.

Choin Soon-sil, a amiga da presidente, é filha do falecido líder de um culto que terá sido mentor de Park Geun-hye nos anos 70.

Este foi o terceiro protesto realizado a um fim-de-semana depois do primeiro pedido de desculpa público de Park Geun-hye, a 25 de outubro, admitindo que havia procurado conselhos de Choi-Soon-sil. A admissão fez crescer a ira pública e a suspeita sobre a confidente que, oficialmente, não detém qualquer cargo governamental.

Um posterior pedido de desculpa e a disponibilidade para trabalhar com a oposição parlamentar na formação de um novo governo e delegar algum poder também não surtiu qualquer apaziguamento, levando a que os opositores a acusassem de não estar a percepcionar a gravidade do assunto.

Contudo, a oposição ainda não tomou nenhuma medida formal para lançar a impugnação do mandato presidencial, o que levaria à abertura de um precedente. Nenhum presidente sul-coreano até agora deixou de cumprir os 5 anos de presidência.

Alguns dos mais antigos e próximos conselheiros de Park Geun-hye foram dispensados de funções e houve detenções com a acusação de abuso de poder. Choi, a amiga da presidente sob suspeita, foi acusada de abuso de poder e de fraude.

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