Cientistas norte-americanos estudam causas genéticas do autismo e diferenças entre mulheres e homens face à doença

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Cientistas norte-americanos lançaram um vasto estudo sobre as causas genéticas do autismo.

Os investigadores querem tentar perceber por que razão o autismo afeta mais o sexo masculino do que o feminino. Os estudos demonstram que os rapazes têm 4 vezes mais probabilidades de sofrerem da doença em comparação com as raparigas.

A investigação envolve centenas de famílias com filhos autistas nos Estados Unidos.

Evee Bak tem um irmão autista e participa no estudo. Graças à sua saliva, os cientistas vão analisar os fatores genéticos da doença. “Espero que a pesquisa possa ajudar o meu irmão e possa dar origem a uma nova terapia que torne a vida dele mais fácil e o ajude a ter sucesso”, disse Evee Bak.

A investigação está a ser desenvolvida no Hospital Mount Sinai. Os cientistas querem saber por que razão algumas raparigas não sofrem de autismo apesar de terem a mesma mutação genética.

“As raparigas podem ter a mesma mutação genética que os rapazes e não ter autismo. Na verdade, elas têm de ter em média o dobro das mutações, para que o autismo se manifeste”, afirmou Joseph Buxbaum, investigador do Hospital Mount Sinai.

Os investigadores querem identificar o factor genético que protege as mulheres, que poderá dar origem à criação de um medicamento ou de uma terapia que previna o autismo.

“Estamos a tentar encontrar raparigas com os genes do autismo mas sem sintomas e tentar perceber se têm outros traços em comum. Queremos identificar o fator que protege as mulheres para poder usá-lo tanto em mulheres como em homens”, frisou Alison Singer, presidente da Fundação Científica para o Autismo, nos Estados Unidos.

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