A Organização das Nações Unidas acusa o grupo Estado Islâmico de ter raptado milhares de habitantes da região de Mossul, no Iraque, e de usá-los como escudos humanos.
Segundo a ONU, mais de oito mil famílias, com mais de seis pessoas cada, estarão nas mãos dos jihadistas.
.UN receives reports of executions and use of civilians as ‘human shields’ by #ISIL in battle for #Mosul https://t.co/PI7IVihlIc pic.twitter.com/4WhfwTmANB— UN News Centre (UN_News_Centre) October 25, 2016
A organização teme que sejam agora usadas como escudos humanos para combater a ofensiva militar anunciada pelos grupos paramilitares iraquianos xiitas para recuperar o bastião do Daesh no Iraque.
“A estratégia cobarde, depravada, do Daesh consiste em tentar usar a presença de reféns civis para evitar que determinados pontos, zonas ou forças militares sejam alvo de operações militares. Usam, de forma eficaz, dezenas de milhares de mulheres, homens e crianças como escudos humanos. Muitos daqueles que se recusam a colaborar são fuzilados no local”, informou a porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani.
As milícias iraquianas xiitas informaram que está por dias ou mesmo horas o início da ofensiva militar para retomar o controlo da localidade de Tal Afar, a 55 quilómetros a oeste de Mossul.
Iraq's Shi'ite militias say will launch offensive west of Mosul imminently https://t.co/TAzMvuLwqG pic.twitter.com/IFR8cpzwrf— Reuters Top News (@Reuters) October 28, 2016
Caso seja bem-sucedida, os jihadistas, assim como mais de um milhão de habitantes da cidade, ficariam cercados.
As forças iraquianas e os militantes Peshmergas curdos, apoiados pela força aérea da coligação liderada pelos Estados Unidos da América, controlam já os flancos do sul, leste e norte de Mossul.