Rússia rejeita provas de inquérito da ONU sobre ataques químicos do regime na Síria

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O conflito sírio volta a inflamar as divisões no Conselho de Segurança da ONU, com a Rússia a defender o aliado sírio.

Moscovo desmentiu qualquer implicação no ataque aéreo de quarta-feira, que provocou a morte de 22 crianças e seis professores, numa escola em zona rebelde, na província de Idlib.

A agência de notícias síria SANA relata esta manhã que pelo menos três crianças teriam sido visadas por bombardeamentos rebeldes contra uma escola, no lado ocidental de Alepo, controlado pelas forças do regime.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon exigiu ontem a abertura de um inquérito ao incidente, quando Moscovo garantiu que Damasco vai igualmente investigar o sucedido.

Vários países, como a França, não hesitaram em evocar a implicação da aviação russa ou síria no ataque. As forças russas tinham já negado, em setembro, o envolvimento num bombardeamento contra um comboio humanitário em Alepo, rejeitando igualmente terem visado hospitais na cidade.

Em Nova Iorque, o embaixador russo na ONU voltou a defender as forças de Bashar Al-Assad, face às conclusões da Comissão de Investigação da ONU sobre a utilização de armas químicas por parte das forças do regime.

As conclusões do quarto relatório da Comissão de Inquérito, voltam a apontar culpas às tropas de Assad em pelo menos três ataques com gás mostarda entre 2014 e 2015.

Para o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, as conclusões não são convincentes:

“Para nós não há provas suficientes para justificar sanções. Vamos continuar as discussões, vamos continuar a estudar o relatório. Há alguns reparos técnicos que sublinham certas fraquezas no trabalho da Comissão de Inquérito, há que admiti-lo. Os investigadores enfrentaram certas dificuldades, nomeadamente o facto de não terem podido deslocar-se ao terreno e em alguns casos chegaram a conclusões erradas”.

O Conselho de Segurança da ONU deverá reunir-se esta segunda-feira para discutir a extensão do mandato da Comissão de Investigação, que expira a 31 de Outubro, quando o Reino Unido exige uma investigação do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra levados a cabo pelas forças do regime.

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