A primeira-ministra Theresa May tentou esta segunda-feira persuadir os líderes da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte a colaborar com o seu governo na elaboração de uma posição comum nas negociações do Brexit e evitar negociações separadas.
Um encontro profundamente frustrante, segundo a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon:
“Discutimos com franqueza os nossos pontos de vista, mas devo confessar que grande parte do encontro foi profundamente frustrante”, disse Sturgeon, acrescentando que “Não fiquei a saber mais sobre a posição do governo face às negociações com a União Europeia do que sabia antes do encontro. Não posso falar em nome das restantes administrações delegadas, mas creio que todos nós experimentámos um certo grau de frustração.”
Os especialistas alertam para o risco de uma crise constitucional se Theresa May não tiver em conta a posição de cada uma das quatro nações constituintes nas negociações sobre as condições do Brexit.
No referendo sobre o Brexit, a Escócia e a Irlanda do Norte votaram a favor da permanência na União Europeia.
Sturgeon tem dito que o seu governo está preparado para todas as alternativas, incluindo a independência do Reino Unido, depois de a Inglaterra sair da União Europeia.
Na Irlanda do Norte há receios de que o Brexit venha arruinar o acordo de paz de 1998 e endurecer a linha de fronteira com a República da Irlanda.