Milão entregou o título de ‘cidadão honorário’ ao Dalai Lama, uma distinção que desagrada às autoridades chinesas.
A decisão de honrar o líder espiritual tibetano foi tomada pelo anterior executivo, mas a entrega das ‘chaves’ da cidade foi sendo adiada por pressões de Pequim, que chegou mesmo a ameaçar não estar presente na exposição universal que Milão acolheu no ano passado.
Recorrendo ao humor para se manter à margem de polémicas, o líder budista afirmou: “gostava de saber quais são os meus direitos e deveres. Quero certos direitos, mas não quero deveres”.
Junto ao local da cerimónia houve um protesto organizado pela comunidade chinesa que reuniu cerca de uma centena de pessoas. A embaixada da China afirmou que o caso “feriu profundamente os sentimentos do povo chinês” e avisou que terá um “impacto negativo” nas relações entre os dois países. Nos últimos anos, a China tem feito investimentos de vulto em Itália no campo da indústria, mas também do futebol ou ainda do imobiliário.