Netanyahu diz que resoluções da UNESCO são "delirantes"

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Israel e os Estados Unidos aliados condenaram dois projetos de resolução sobre a “Palestina ocupada“adotados esta quinta-feira por um comité da UNESCO e que serão votados na próxima terça-feira pelo conselho executivo do organismo.

Os textos, que visam “salvaguardar o património cultural palestiniano e o caráter distinto de Jerusalém-Leste”, referem-se ao Estado hebraico como “potência ocupante”.

O primeiro-ministro israelita afirma que “o teatro do absurdo na UNESCO continua, com uma decisão delirante que diz que o povo de Israel não tem ligações com o Monte do Tempo e o Muro das Lamentações”.

Mas, ao contrário de outra resolução adotada em abril, os textos apresentados por vários países árabes sublinham “a importância da Cidade Velha de Jerusalém” para as diferentes confissões.

Mounir Anastas, delegado palestiniano na UNESCO, diz que “Israel acusa os palestinianos e o grupo árabe de negarem a importância histórica de Jerusalém para o povo judeu, mas se lermos o terceiro parágrafo da decisão, vemos que começa com o reconhecimento da importância histórica para as três religiões monoteístas”.

O estatuto de Jerusalém é um dos grandes “bloqueios” ao diálogo israelo-palestiniano. A adesão da Palestina à UNESCO em 2011 tinha levado Israel e Estados Unidos a interromper as contribuições financeiras ao organismo.

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