Com Reuters
Os bancos presentes no Reino Unido dizem que poderão começar a transferir pessoal já no próximo ano, caso Londres não diga de forma clara se o país permanece ou não no mercado único depois da saída da União Europeia.
Alguns dos líderes das mais importantes instituições financeiras instaladas em Londres,disseram, em conferência de imprensa, que a atitude do Executivo britânico face à imigração seria má para a economia.
Rob Rooney, da *Morgan Stanley Internationa*l, por exemplo anunciou que o banco teria de mover “parte das operações para fora de Londres” caso o Reino Unido ficasse completamente fora do mercado único.
A primeira-ministra britânica Theresa May disse recentemente que o processo de saída da União Europeia por parte do Reino Unido demoraria cerca de dois anos e deveria começar no próximo mês de março.
No entanto, May parece ter posto mais ênfase no fenómeno da migração do que propriamente na necessidade do Reino Unido em aceder ao mercado comum.
John Nelson, da Lloyd’s of London, foi um dos críticos do tom utilizado por alguns membros do Governo britânico a respeito da imigração e do mercado único e a todo o processo posterior ao brexit.
Para Nelsol, o Reino Unido corre “o risco de permanecer de costas voltadas para a economia global pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.”
O lugar de Londres como uma das principais praças financeiras do continente europeu é um dos pontos mais importantes nas futuras negociações entre Bruxelas e o Reino Unido.
Os bancos instalados em Londres insistem em reter, depois da saída do Reino Unido da União Europeia, alguns direitos especiais, de forma a operar sem problemas em toda a zona euro.