Milhares de pessoas desfilaram ontem na capital colombiana, num protesto silencioso a favor do acordo de paz, rejeitado no referendo de domingo.
A manifestação, organizada por estudantes universitários, decorreu num momento em que governo e oposição tentam salvar o entendimento para pôr fim a 52 anos de conflito com a guerrilha das FARC.
“Estamos cansados de ver a paz associada a nomes próprios, a paz não pertence a ninguém e é por isso que escolhemos o silêncio e esta chama, que representam a esperança que não morreu. Queremos a paz apesar de tudo”, afirma uma manifestante.
Mas para o líder do campo do NÃO ao acordo, o ex-presidente Alvaro Uribe, é necessário rever o entendimento, depois do chumbo do referendo.
Uribe reuniu-se ontem com o presidente Juan Manuel Santos para defender “ajustamentos” ao acordo, nomeadamente sobre a amnistia parcial garantida aos guerrilheiros.
O chefe de Estado admitiu a possibilidade de reabrir as discussões.
Uma possibilidade rejeitada pelas FARC, que reafirmaram a sua “fidelidade” ao texto que prevê a entrada do movimento armado no parlamento do país, como partido político.