O papa Francisco chegou, esta sexta-feira, à Geórgia, para uma visita de dois dias, a convite de Elias II, o patriarca ortodoxo da Geórgia – cujo titulo completo é “Católico-Patriarca de Toda a Geórgia, Arcebispo de Mtscheta-Tbilisi e Bispo Metropolita de Abecásia e Bichvinta, Sua Santidade e Beatitude Elias II”.
Pope Francis Arrives in Tbilisi https://t.co/bns41W8qWR #PopeFrancis #Tbilisi— Tabula (@Tabula_news) 30 septembre 2016
Esta é a segunda visita do Papa ao Cáucaso – a primeira foi à Arménia, em junho – e trata-se de uma deslocação de caráter ecuménico: da agenda do Santo Padre constam encontros com os líderes das várias comunidades religiosas desta antiga república soviética: ortodoxos, católicos, muçulmanos e judeus.
No palácio presidencial, onde foi recebido, o Papa falou do respeito pelas diferenças: “De facto, em demasiados lugares da terra, parece prevalecer uma lógica que torna difícil sustentar as legítimas diferenças e as disputas – que sempre podem surgir – num contexto de verificação e diálogo civil onde prevaleça a razão, a moderação e a responsabilidade.”
(O discurso completo, na tradução oficial para Português, está disponível no “site do Vaticano”: http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/september/documents/papa-francesco_20160930_georgia-autorita-tbilisi.html.)
A Geórgia, onde cerca de 85% da população é ortodoxa, é um dos mais antigos países cristãos do mundo mas uma franja muito minoritária contesta o Vaticano e, consequentemente, a visita do santo papa.
Na berma da estrada que vai do aeroporto ao centro de Tbilissi, à passagem do cortejo papal, uma centena de manifestantes empunhou cartazes onde se lia que o papa não é bem-vindo na Geórgia.
Um dos momentos mais esperados é o encontro privado com a comunidade assíria-caldeia, uma das três comunidades católicas presentes na Geórgia, com as comunidades latina e arménia.
Esta pequena comunidade continua a usar o aramaico e o papa dirá algumas palavras na língua falada por Jesus Cristo, durante uma oração pela paz na Síria, na igreja de São Simão.
Domingo, o líder da Igreja Católico Apostólica Romana deslocar-se-á ao Azerbaijão – país maioritariamente muçulmano.