A Comissão Europeia volta a fazer um apelo à boa vontade dos governos para aceitarem o sistema de quotas para relocalização de refugiados, aproveitando a apresentação de um balanço das operações, esta quarta-feira, em Bruxelas.
Da fatia inicial de 160 mil requerentes de asilo que estão na Grécia e Itália prontos para serem relocalizados, menos de seis mil (5,651) foram para outro país da União Europeia. A nova meta é de pelo menos 30 mil até final de 2017.
O sistema de quotas proposto por Bruxelas tem esbarrado na oposição de vários Estados-membros, nomeadamente de Leste.
Mas o comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos, disse à euronews que “temos que aumentar a relocalização, é uma área onde temos de trabalhar e quero ser muito claro sobre isso. Não fizemos quaisquer concessões e não nos afastaremos dos princípios básicos desta política”.
Os países do chamado grupo de Visegrado, composto por Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia, têm sido dos mais renitentes em acolherem refugiados.
Já Portugal pediu para a sua quota ser duplicada, estando disposto a receber dez mil pessoas.
No que respeita ao acordo da União Europeia com a Turquia para evitar a vinda de refugiados que fazem o trânsito por aquele país, a Comissão Europeia considera que se trata de um sucesso.
“A diminuição acentuada e continuada de pessoas que cruzava de forma irregular, ou perdia as suas vidas, no mar Egeu continua a ser a prova da eficácia da Declaração até agora. A chegada média diária é de 85 pessoas por dia desde junho, em comparação com mais de 1700 por dia no mês anterior à implementação da Declaração (março)”, refere um comunicado.