A Comissão Europeia (CE) vai analisar o caso da sua ex-vice-presidente Neelie Kroes, que dirigiu uma offshore nas Bahamas quando era Comissária para a Concorrência.
A situação foi revelada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que divulgou ficheiros de 175 mil empresas sediadas nas Bahamas.
O porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, explicou que o presidente Juncker pediu mais esclarecimentos a Kroes, antes de agir: “Há algumas coisas que nem regras estritas como as nossas conseguem resolver. Este foi o caso do nosso antigo presidente, que escolheu ir trabalhar para um novo banco. E este é agora o caso da nossa antiga comissária, que aparentemente não cumpriu as regras e não informou a Comissão sobre isso”.
A delegação da ONG Transparência Internacional em Bruxelas já reagiu ao caso de Neelie Kroes. “Tudo isto reforça na mente do público a ideia de que há imenso potencial para conflitos de interesses com os Comissários a moverem-se para a indústria privada. Portanto, a Comissão necessita ser muito mais forte e dura tanto nas regras como na sua implementação”, defendeu o diretor Carl Dolan.
Se um membro do colégio de comissários for culpado por má conduta pode perder os direitos sobre as pensões e outros benefícios.