“No futebol, o pior cego é aquele que só vê a bola”. Assim poetizou Nelson Rodrigues em mais uma de suas geniais frases de efeito sobre o esporte do qual era amante. O que ele escreveria, se diante dos olhos, crianças árabes e judias, abraçadas, sobre o tapete verde e com a redonda em mãos, confraternizassem em um gesto de paz? Neste dia 7 de agosto de 2016, o estádio Allianz Parque, da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi o palco desse momento histórico, de inspiração e de exemplo de tolerância e respeito ao próximo.

Vinte e dois meninos vindos de Jerusalém, participantes da ONG Gol pela Igualdade, viveram um dia especial. Eles fizeram um tour pelo estádio, ganharam uniformes oficiais do Palmeiras e jogaram no gramado do Allianz Parque ao lado de campeões mundiais. Mais do que isso, eles interagiram, tiveram contato com a cultura brasileira e mostraram que o esporte pode mudar o mundo e unir os povos.

O projeto nomeado de Gol da Paz foi uma iniciativa da CBF apoiada pela Federação Paulista de Futebol (FPF), da Sociedade Esportiva Palmeiras, da organização Caminho de Abraão e de instituições e clubes das comunidades árabe e judaica.

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