Após reunião no Pentágono, Barack Obama falou aos jornalistas. A coligação internacional liderada pelos EUA ganha terreno no Iraque e na Síria contra o Daesh. O assunto quente do momento na campanha presidencial também esteve em foco: o Presidente dos EUA diz que o pagamento feito em dinheiro e levado até ao Irão por avião não foi um resgate.
O Presidente dos Estados Unidos regozija-se com os avanços feitos pela coligação que o país lidera contra o Daesh no Iraque e na Síria, mas releva que o combate está longe de acabado, maioritariamente devido ao potencial efeito de réplica por todo o mundo, disse em conferência de imprensa depois de uma reunião no Pentágono.
ISIL continues to lose senior commanders, & territory in both Iraq & Syria. The US will continue this progress. pic.twitter.com/orTGSHWrgn— WH National Security (@NSC44) August 4, 2016
“Até os líderes do Daesh sabem que vão continuar a perder e a mensagem para os seguidores é a de reconhecer que podem perder Mosul e Raqqa, e têm razão. Ainda que tenhamos de esmagar o Daesh no terreno, a derrota militar deles não é suficiente. Enquanto a sua perversa ideologia permanecer e levar as pessoas à violência, então grupos como o Daesh vão continuar a aparecer e a comunidade internacional continua a estar em risco de ser sugada para este combate global em que estamos sempre a reagir à última ameaça ou actores isolados.”, declarou Obama.
Quanto ao pagamento de uma verba de cerca 359 milhões de euros em janeiro, ao Irão, com subsequente libertação de prisioneiros americanos, Obama diz não se tratar de um resgate: “Não pagamos resgates por reféns. Temos um número de americanos aprisionados em todo o mundo, e encontro-me com as famílias deles e é devastador. Montámos uma secção de especialistas inter-agências que dedicam o tempo deles a trabalhar com estas famílias para libertar esses americanos. Mas estas famílias sabem que temos a política de não pagar qualquer resgate.”
CNNPolitics TNAUTRY yep pic.twitter.com/ITtSmLAMwp— (((Maggy))) (@Maggyw519) August 4, 2016
Mark Toner, porta-voz ajunto do Departamento de Estado, esclareceu que o dinheiro pertencia ao Irão e se encontrava em território americano desde antes da revolução islâmica devido à compra de armamento militar.
A negociação foi interrompida quando o regime monárquico de Mohammad Reza Pahlevi caiu. O congelamento da verba encontrava-se em litígio judicial e terá sido pago, em dinheiro, em janeiro deste ano. Segundo Tonner, isto deveu-se ao distanciamento do Irão do sistema financeiro internacional, o que também terá contribuído para entravar o pagamento da compra militar.