Com a cerimónia oficial de abertura dos Jogos Olímpicos ainda esta semana, as autoridades brasileiras reforçam o controlo fronteiriço. A área de Foz do Iguaçú, na fronteira com a Argentina e com o Paraguai, é uma rota de relevo de tráfico de armas.
12 pessoas foram detidas no mês passado sob suspeita de apoio ao Daesh e planeamento de um ataque durante os Jogos com compra de armas na zona.
O chefe da Polícia Federal da esquadra de Foz do Iguaçú, Fabiano Bordignon, afirma que a maior parte das armas não são produzidas no Brasil mas em países como os Estados Unidos e que entram em território brasileiro através do Paraguai. Acrescenta que está a ser desenvolvida uma parceria com estes países para que o controlo da rota de tráfico de armas possa efectivar-se.
A Polícia diz ainda estar a vigiar cerca de 100 pessoas com possível ligação ao extremismo islamista, a maior parte delas nesta zona tri-fronteiriça.
Guns, drugs, maybe Islamists: Brazil tightens border before Games https://t.co/8O3qWCv8mW via Reuters #Brazil #ISIS #Paraguay SEisenhammer— Anthony Boadle (@AnthonyBoadle) 2 août 2016
A comunidade muçulmana da zona releva toda a cooperação a que está disposta, através das declarações do Imã da mesquita local, Sheikh Abdo Nasser Elkhatib: “Se virmos alguém suspeito, que seja uma ameaça à segurança do país, não procuramos a religião, a raça ou a cor, temos de tomar as medidas necessárias e comunicar aos oficiais de segurança.”
Depois do atentado de Nice, as autoridades brasileiras anunciaram o destacamento de 85 000 militares e policias para reforçar a segurança durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que se espera cativem cerca de meio milhão de turistas.