O camionista de nacionalidade tunisina que protagonizou o ataque de 14 de Julho em Nice teria relações, “com pessoas em contacto com islamitas radicais”.
A informação é avançada por uma fonte próxima da investigação ao ataque, citada pela agência France Presse, quando a polícia francesa tenta averiguar os eventuais cúmplices de Mohamed Bouhlel de 31 anos de idade.
O camionista, residente em Nice e em processo de divórcio, teria sofrido uma profunda depressão em 2000, com problemas de alcoolismo e algumas detenções por violência, sem nunca ter sido investigado por relações com meios islamitas.
Um vizinho do suspeito garante:
“Tudo o que sei é que este homem não tinha nada a ver com os islamitas. Era alguém que bebia, fumava, roubava, comia, trabalhava. Estava separado da mulher e vivia sozinho. Andava de bicicleta, ia à praia, como toda a gente. Fumava haxixe e roubava bicicletas”.
Na cidade natal do suspeito, em Msaken, no nordeste da Tunisia, a família de Bouhlel afirma-se chocada com a situação, depois do grupo Estado Islâmico ter reivindicado a ação do, “soldado do EI”.
Segundo, Jaber, um dos irmãos do suspeito:
“Mohamed tinha um emprego, esteve casado com uma prima durante nove anos, foi para França trabalhar como motorista, tinha duas filhas e um filho. Nunca me disse que iria fazer uma coisa destas, é inacreditável”.
Segundo a imprensa britânica , Bouhlel teria enviado clandestinamente mais de 100 mil euros à família, dias antes de ser abatido pela polícia após atropelar centenas de pessoas na marginal de Nice.