As autoridades de República da Carélia, no noroeste da Rússia, detiveram cinco funcionários do campo de férias, entre eles o responsável pelo espaço, onde ocorreu a tragédia que matou, pelo menos treze crianças. Faziam parte de um grupo que, apesar do mau tempo, iniciou um passeio num lago. O vento forte e as grandes vagas acabaram por se impor. Uma parte das crianças e monitores foi resgatada. Várias pessoas continuam desaparecidas:
“A viagem estava prevista, mas fazê-la com ventos de 54 e 60 kms/hora e ondas de metro e meio de altura… Nenhum adulto, minimamente consciente, entra na água nem mesmo num pequeno lago, quanto mais no Syamozero”, afirma Alexander Hudilainen, governador da região de Carélia.
Muitas das crianças, que tinham entre 12 e 14 anos, eram oriundas de São Petersburgo e Moscovo. Na capital russa os pais souberam da notícia através das autoridades locais. A dificuldade em assimilar o sucedido, à distância, é grande:
“Telefonaram-nos e disseram que o nome do nosso filho não consta da lista dos que foram salvos. Mas isso não quer dizer nada, não significa que tenha morrido”, desabafa uma mãe.
As buscas continuam, as autoridades anunciaram a abertura de um inquérito para apurar os factos, até porque não estariam a ser utilizados coletes salva-vidas por todas as crianças.