A Grécia prepara-se para eleições antecipadas.
O Parlamento grego votou, pela terceira e derradeira vez, contra o candidato apontado pelo Governo de Antonis Samaras, da Nova Democracia, para a presidência.
Stavros Dimas conseguiu apenas 168 votos a favor, precisava de 180 para ser eleito. Houve 132 abstenções.
Com este resultado a constituição grega diz que o governo tem de ser dissolvido no prazo máximo de 10 dias e que serão marcadas eleições antecipadas. O escrutínio será marcado, provavelmente, para 25 de janeiro.
As últimas sondagens dão a maioria ao Syriza. A coligação de esquerda liderada por Alexis Tsipras é, atualmente, o maior partido da oposição, venceu as eleições europeias deste ano, e já prometeu menos austeridade para a Grécia.
Da Alemanha um aviso, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Shäuble, disse que “novas eleições não mudam nada na dívida grega”, que é de 175% do PIB e que “cada novo Governo deve respeitar os acordos feitos pelos antecessores.”
Devido à impossibilidade de eleição de um novo presidente, a bolsa grega apresentou quedas na ordem dos 11%, ao mesmo tempo que a “yield” associada às obrigações helénicas a 10 anos agravou-se em cerca de 50 pontos base até 9%.
A Grécia esperava sair do programa com a “troika” já no final de 2014, mas desentendimentos sobre as reformas levaram a uma extensão até fevereiro de 2015.
A “troika” está ainda a avaliar a entrega da última tranche de 7 mil milhões de euros do empréstimo.