O fim de mais de 50 anos de costas voltadas entre Cuba e os Estados Unidos foi saudado em todo o mundo, em particular na América do Sul.
Durante uma reunião do Mercosur, o bloco económico sul-americano, a reação dos líderes das principais nações não se fez esperar quando se soube da notícia na quarta-feira.
“Hoje é o dia do aniversário do Papa, o Papa argentino. Justamente, ele teve um importante papel na mediação, reconhecido por Raul Castro. Hoje celebramos este resultado, não só os argentinos, mas também os sul-americanos. Isto devia ser celebrado em todo o mundo”, declarou a presidente da Argentina, Cristina Fernandez.
Dilma Roussef, presidente do Brasil, afirmou que “este é um momento que marca uma mudança civilizacional, mostra que é possível restabelecer relações interrompidas há muitos anos”.
Mesmo Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, declarado adversário dos Estados Unidos, louvou o presidente norte-americano pela coragem.
“Estamos satisfeitos. Temos que reconhecer que o gesto do presidente Barack Obama é um gesto de coragem e necessidade histórica. Terá sido talvez o passo mais importante na sua presidência”, disse.
A nova etapa na história das duas nações vizinhas poderá abrir caminho a um relacionamento diferente entre Washington e países sul-americanos mais críticos da política norte-americana, casos da Venezuela e da Bolívia.