Australianos querem saber se a lei falhou no caso da tomada de reféns de Sydney

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Porque é que Man Haron Monis estava em liberdade, é a pergunta para a qual os australianos esperam respostas, depois da tomada de reféns num café de Sydney, que, segunda-feira, se cifrou em duas vítimas mortais.

O autor do ato, Man Haron Monis, era conhecido da polícia e estava em liberdade sob caução, após ter sido considerado culpado de cumplicidade no assassinato da ex-mulher, e de dezenas de agressões e abusos sexuais.

Foi aberto um inquérito e o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, promete respostas: “Precisamos de saber porque é que o responsável deste ato horrível recebeu uma autorização de residência permanente. Precisamos de saber como é que pode usufruir do Estado-Providência durante tantos anos. Precisamos de saber o que é que este indivíduo fazia com uma licença de uso e porte de arma.”

Monis, cidadão iraniano, recebera asilo político na Austrália, em 2001. No mês passado, o homem tinha publicado uma mensagem, no seu site, na internet, onde referia prestar vassalagem ao “califa dos muçulmanos”, uma referência ao chefe da organização Estado Islâmico.

Durante a tomada de reféns, Monis obrigou-os a arvorar a bandeira negra com letras árabes, assimilada ao grupo djihadista.

Desta tomada de reféns resultaram três mortos: o próprio atacante mas também uma cliente e o gerente do estabelecimento – vítimas a quem os australianos continuam a prestar homenagem, através de coroas de flores depostas frente ao café.

As investigações em curso deverão esclarecer se as duas vítimas foram mortas pelo agressor ou durante uma troca de tiros entre este e a polícia.

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