Repórteres Sem Fronteiras reconhecem: menos mortos; mais tortura

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O raptos de jornalistas subiram, em 2014, mas houve menos mortes, revela o relatório anual dos Repórteres Sem Fronteiras.

Nunca os sequestros serviram para tão bárbara propaganda de fundamentalistas armados, como em 2014, mas foram mortos 66 repórteres – contra 71 em 2013 – principalmente na Síria.

As decapitações dos norte-americanos James Foley e Steven Sotloff às mãos dos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico chocaram o mundo.

A Síria está no topo desta lista negra. Seguem-se o território palestiniano, a Ucrânia, o Iraque e a Líbia.

Vários países do planeta continuam a funcionar como autênticas “prisões para jornalistas”. No total, são 178 os jornalistas presos por causa da sua actividade, em países como a China, a Eritreia e o Irão.

No Egito, o regime do presidente, Abdel Fattah al-Sisi, deteve 46 jornalistas.

Na Turquia a situação continua por esclarecer, depois do anúncio da detenção de 150 jornalistas para, finalmente se estabilizar o n° em 23, segundo fontes oficiais turcas.

No leste da Ucrânia as detenções de jornalistas também aumentaram, principlamente nas zonas de checkpoints.

Em frente à Torre Eiffel, em Paris, foi colocado um contentor como forma de protesto contra a tortura de jornalistas. Nele pode ler-se: “isto não é um contentor, é uma prisão”.

Cristophe Deloire, responsável da ONG, Repórteres sem Fronteiras, confirma que “o contentor ilustra, de um modo geral, a situação dos 178 presos no mundo. Só na Eritreia, país com o maior défice de liberdade de imprensa, estão 30 jornalistas presos, em contentores, em campos, sob tortura… mas não só: há 10 mil presos políticos neste país. “

Devido às perseguições, duplicou o número de partidas para o exílio, principalmente da Síria, da Líbia e da Etiópia.

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