A construção do gasoduto “South Stream”, destinado a fornecer gás à Europa, pode avançar desde que cumpra as regras de concurrência da União Europeia (UE).
Esta é a posição do presidente do executivo europeu, Jean-Claude Juncker, recusando a acusação do Presidente russo, Valdimir Putin, de bloqueio legal por parte da Bulgária, país de entrada do gasoduto em espaço comunitário.
“O “South Stream” pode ser construído. As condições par tal são conhecidas desde há muito tempo. Não há nada de novo, pelo que a bola está no campo da Rússia”, disse o presidente da Comissão Europeia.
O cancelamento do projeto, anunciado pelo Presidente russo, na segunda-feira, levou o chefe do Governo búlgaro, Boyko Borissov, a pedir uma reunião com Jean-Claude Juncker para tentar reverter a situação.
“Desejamos que o gasolduto seja construído respeitando as regras europeias. No dia 9 de dezembro, em Bruxelas, será analisado em detalhe como se poderão implementar as regras europeias”, disse o primeirp-ministro da Bulgária.
O governante refere-se à reunião dos ministros da Energia dos 28 Estados-membros.
A Comissao Europeia tem reiterado que a empresa russa Gazprom pode construir o gasoduto, mas não poderá ser o único forncedor de gás a usá-lo, porque tal é proibido pelas regras anti-monopólio.
Este gasoduto, que deverá ter uma capacidade de 63 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano, visa contornar o território da Ucrânia, por onde chega agora cerca de 15% do gás consumido no espaço comunitário.
Em construção desde dezembro de 2012, o “South Stream” deverá ligar a Rússia à Bulgária numa distância de 3.600 quilómetros, para se dirigir de seguida para a Europa ocidental através da Sérvia, Hungria e Eslovénia, terminando na Itália.