Uma semana depois, os eleitores regressam às urnas no Bahrain para escolher os restantes 34 deputados da câmara baixa do Parlamento. Tal como aconteceu na primeira volta, o escrutínio está a ser boicotado pela oposição xiita que acusa o governo de não ter avançado, como prometido, com as reformas políticas no país aliado dos Estados Unidos.
“Vim votar porque acredito que a democracia não se instala de um dia para o outro. Em muitos países foram precisos centenas anos. Tenho, por isso, a responsabilidade de apoiar o meu país e a população. É evidente que nem tudo corre como queremos, mas se virarmos as costas nunca vamos atingir os nossos objetivos” refere a eleitora Zahra Taher.
Estas são as primeiras eleições organizadas no Bahrain desde a onda de contestação ao regime em 2011 que terminou com várias dezenas de mortos.
“Faço parte das pessoas que decidiu boicotar este espetáculo parlamentar. As pessoas que estão a entrar no Parlamento estão a ameaçar e a aterrorizar o povo” afirma o eleitor, Said Mehdi Ayat
O principal grupo da oposição xiita, Al-Wefaq, diz que a taxa de participação na primeira volta não foi além dos 30 por cento, cerca de 20 pontos percentuais abaixo dos números oficiais.