Reações mistas ao "plano Juncker"

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O plano de investimento de Jean-Claude Juncker para dinamizar a economia europeia não é de todo unânime.

Paris fala de um primeiro passo. Para Berlim o mais importante é a análise da sustentabilidade económica dos projetos que serão financiados. Já os economistas não poupam críticas, ao método e ao montante.

Através do orçamento europeu e do Banco Europeu de Investimento, Juncker põe na mesa 21 mil milhões de euros, esperando atrair um total de 315 mil milhões de euros para projetos a longo prazo e de apoio a Pequenas e Médias Empresas.

Fabian Zuleeg, do Centro de Política Europeia, adianta: “Os instrumentos de Juncker são bastante limitados. Penso que é, provavelmente, a única forma de conseguir um total de trezentos mil milhões. Falta saber se será conseguido na realidade”.

Interrogado sobre a eficácia das garantias públicas ao investimento, Guntram Wolff, presidente do Instituto Bruegel, responde: “As garantias públicas podem ser um incentivo ao investimento, porque o risco passa, de certa forma, das mãos dos privados para o setor público. Mas, ao mesmo tempo, isso significa, claro, riscos para os contribuintes. Não é necessariamente a melhor estratégia. Vai depender muito da forma como serão definidas as garantias”.

Para a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, é um primeiro passo. Já a Confederação Empresarial de Portugal saudou o plano.

Os Estados membros e instituições públicas poderão participar no designado Fundo Europeu de Investimento Estratégico, sem que investimento conte para o défice nem seja considerado ajuda pública.

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