O Papa Francisco deixou uma série de recados à Europa, saindo em defesa dos imigrantes e dos trabalhadores, na primeira visita de um Sumo Pontífice ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, desde João Paulo II, em 1988.
Para o Papa argentino, é chegada a hora de uma Europa que “gire, não em torno da economia, mas em torno da sacralidade da pessoa humana”.
Quanto aos imigrantes, afirmou: “Não podemos tolerar que o Mar Mediterrâneo se transforme num imenso cemitério”.
Para Francisco, “a Europa terá condições para enfrentar os problemas de imigração se for capaz de afirmar claramente a sua identidade cultural e avançar com leis adequadas que poderão, simultaneamente, proteger os direitos dos cidadãos europeus e garantir o acolhimento dos imigrantes”.
O Papa considerou ainda que, nos últimos anos, “tem vindo a crescer a desconfiança dos cidadãos relativamente às instituições”. Por isso, “os grandes ideais que inspiraram a Europa pareçam ter perdido a sua força de atração, em favor do tecnicismo burocrático” que corre o risco de reduzir o ser humano a uma “mera engrenagem”.