Pathos + logos =
Pró-Grama - um anti-programa.
Edição experimental de um “zine-áudio-visual".

“Pathos”: paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade, sofrimento, assujeitamento, sentimento & doença. Tudo o que se faz ou acontece de novo, pois padecer está ligado ao que é passivo de um acontecimento, padece deste mesmo. Portanto, não existe “Pathos” senão na mobilidade, na imperfeição.

“Logos”: Palavra, escrita ou falada, Verbo. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um princípio cósmico da Ordem & da Beleza.

O que mais humano do que o “logos”, a razão que nos distingue dos outros animais a ponto de permitir o esquecimento de que somos animais? A invenção ocidental que permitiu a elaboração das mais refinadas & frágeis sociedades; que ergueu & destruiu civilizações, impérios & culturas – ou as absorveu em sua voraz vontade de expandir-se, contaminando & adoecendo toda à vida sobre a Terra. Mas a “razão” é só uma parte disto que somos, uma vez que, por mais que nosso “Logos” insista em nos dizer o contrário, a vida não está sob controle, todo segundo, todo momento futuro é uma inumerável possibilidade de caos, de acaso & descontrole. A paixão, os afetos, o novo estão aí para nos arrebatar contra nossa vontade. Nos golpeiam & somos arrastados para um desconhecido & irracional(izável).

& se aceitamos este jogo de “Pathos” & “Logos”, se os somamos, o que teremos?
É a partir desta fórmula (Pathos + Logos =) que, numa rede sináptica, desenvolvemos este experimento. Em que os opostos compõe não uma síntese, mas uma multiplicidades de realidades & sentidos.

Download: http://www.mediafire.com/watch/iqaqi1lvrvmhsd6/pmlia.flv