Até ao final do mês serão acrescentados mais nomes de separatistas pró-russos à lista de sancionados por causa da crise no leste da Ucrânia.
A decisão dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reunidos, esta segunda-feira, em Bruxelas, é a resposta às eleições não autorizadas nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, a 2 de novembro.
A Alta Representante para a Política Externa da UE, Federica Mogherini, disse que “a principal discussão de hoje foi sobre como re-estabelecer o diálogo com a Rússia, dado que o país é seguramente parte do problema, mas também é parte da solução para a crise.”
Tal explica que a UE não tenha, por agora, aumentado as sanções contra a economia russa; optando apenas pelo congelamento de bens e a negação de vistos a mais separatistas.
Os ministros aprovaram também uma missão de consultoria da UE para a reforma do Estado de direito na Ucrânia, a partir de 1 de dezembro.
O chefe da missão, Kálmán Mizsei, disse à euronews que “durante a revolução, as forças da lei entraram, infelizmente, num modo de operação disfuncional. O principal objetivo desta missão é implementar reformas que ajudem essas forças a fazerem o seu trabalho de forma correta”.
Na cimeira do G20, este fim-de-semana, alguns líderes europeus pressionaram o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, a ser mais cooperante.
Numa entrevista divulgada domingo, Putin disse que a Ucrânia deve optar por um modelo federalista e indicou que o acordo de paz, assinado com os separatistas a 5 de setembro, deveria ser revisto.