A região separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, declarou dois dias de luto depois do bombardeamento que matou dois adolescentes, quando jogavam futebol junto a uma escola.
A tragédia suscitou uma nova troca de acusações, com Kiev a apontar o dedo aos rebeldes e à Rússia, que por seu lado anunciou a abertura de um inquérito por crimes de guerra contra as forças ucranianas.
No local da tragédia, o pai de uma das vítimas explica, visivelmente emocionado, que o seu filho “foi morto juntamente com um amigo. Ambos frequentavam a mesma escola”.
Uma equipa de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa já iniciou as investigações no local. O bombardeamento, para já de origem desconhecida, também fez vários feridos.
A mãe de um aluno explica que o filho tem “11 anos e estava a jogar futebol quando o ataque começou e ele foi ferido”.
De visita a Kiev, o secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, disse que “a comunidade internacional deve trabalhar para aliviar as tensões e, neste momento, o acordo de Minsk é a melhor oportunidade que existe e o melhor conjunto de regras de trabalho para criar uma maior estabilidade no terreno”.
No leste da Ucrânia, os combates continuam apesar do cessar-fogo, cada vez mais virtual. Kiev impôs controlos de passaporte para isolar ainda mais o território; uma das medidas decididas em reação às eleições separatistas.