Na Ucrânia, as regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk votam este domingo para escolher os presidentes e parlamentos regionais. Uma eleição que visa legitimar a independência da autoproclamada República Popular de Donetsk, considerada ilegal por Kiev.
Pouco passava das 08:00 quando Alexander Zacharchenko, o primeiro-ministro da dita República, votou.
“Claro que haverá negociações, mas não está previsto que isso aconteça num futuro próximo. Após o encerramento das urnas iremos analisar a reação de Kiev e agiremos em conformidade”, sublinhou Zacharchenko.
Moscovo é o único apoio dos separatistas. Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, afirmou que o seu país “reconhecerá naturalmente” os resultados.
“Sou russa e vim para cá em 1966. A minha alma é russa e espero que fiquemos com a Rússia”, disse uma idosa de Donetsk.
“Não temos fonte de rendimentos. O meu filho não tem emprego a família depende dele. É terrível não termos uma pensão. Foi nisso que Kiev falhou”, afirmou outra.
A ONU, a União Europeia e a NATO estão ao lado de Kiev defendendo que estas eleições são ilegais e minam os esforços que conduziram à assinatura de um memorando de paz em setembro.
Estas eleições realizam-se uma semana depois das legislativas ucranianas, boicotadas pelos separatistas, de que saíram vencedores os dois principais partidos ucranianos pró-europeus.