Os líderes separatistas do leste da Ucrânia não cedem à pressão internacional, num momento em que se preparam para as contestadas eleições legislativas deste domingo em Donetsk e Lugansk.
Nas duas cidades, centenas de homens armados patrulham as ruas, após os combates das últimas horas em Donetsk terem provocado a morte de pelo menos seis militares ucranianos.
Há relatos de que combatentes e equipamento militar russos teriam entrado no país nas últimas horas e que estariam às portas de Donetsk.
À margem da tensão militar, um dos líderes separatistas e candidato às eleições, prossegue a campanha eleitoral:
“Conseguimos livrar-nos da corrupção e da influência dos oligarcas e se investirmos todos esses recursos financeiros na modernização das nossas indústrias, vamos conseguir aumentar os recursos para a segurança social e as pensões”, afirma Denis Pushilin, o número dois do governo separatista de Donetsk.
Os Estados Unidos avisaram ontem que a comunidade internacional não vai reconhecer o resultado do sufrágio, à semelhança de Kiev, quando a Rússia afirma está pronta a validar a eleição, sem a presença de observadores internacionais.
Numa assembleia de voto, um habitante lembra o objetivo do sufrágio:
“Penso que vai ser antes de mais a independência. Queremos que esta eleição se concretize e estamos a preparar este local para que as pessoas possam votar”.
Apenas dois partidos defrontam-se no sufrágio, ambos a favor da Independência, não só das duas regiões, mas como de grande parte do leste da Ucrânia.