Líbano pede ajuda para lidar com refugiados da Síria

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Arranca “esta terça-feira em Berlim uma conferência internacional promovida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank Walter Steinmeier, a pedido dos países vizinhos da Síria, para debater a situação dos refugiados deste país árabe em guerra há três anos. Cerca de 20 países vão fazer-se representar pelos respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros ao lado de 10 organizações internacionais. Na mesa, ao lado de Steinmeier, estará também António Guterres, o Alto Comissário das Naçoes Unidas para os Refugiados desde 2005.

Tomorrow, Germany & refugees will chair int’l conference on the situation of refugees from #Syria. More: http://t.co/DA9af9kIog BMZ_Bund— German Mission to UN (@GermanyUN) 27 outubro 2014

Um dos países mais afetados pela crescente migração de sírios em fuga à guerra e o Líbano. Tammam Salam está na capital alemã desde segunda-feira e já se reuniu com Angela Merkel. O primeiro-ministro libanês apelou à chanceler alemã para ajudar um país de cerca de 4 milhões de habitantes a lidar com cerca de um milhão de refugiados que ali procuram proteção da guerra.

O Líbano é, aliás, pelas estimativas da ONU, o país com a maior concentração de refugiados “per capita” do Mundo: pelo menos um em cada quatro habitantes é um refugiado e muitos deles vivem nas regiões mais pobres do país.

“Nós olhamos para os refugiados como uma das mais importantes e perigosas questões que se colocam hoje em dia ao Líbano”, salientou, em conferência de imprensa, Tammam Salam. A seu lado, Merkel mostrou-se solidária: “A Alemanha pretende mostrar que está ao lado do Líbano neste problema que o país enfrenta. O mais complicado, claro, é a situação com a vizinha Síria, em particular o crescente número de refugiados que procuram proteção no Líbano.”

Paz regressa a Tripoli
As forças militares do Líbano conseguiram, entretanto, recuperar a última posição na cidade de Tripoli, no norte do país, que estava ainda sob controlo dos militantes islamitas afetos aos grupos fundamentalistas Frente Nusra e Estado Islâmico.

A zona foi palco de intensos combates durante os últimos dois dias entre militares libaneses e grupos armados sunitas aliados dos rebeldes que tem vindo a combater na Síria as forças armadas do presidente Bashar al-Assad. Estes grupos têm procurado estabelecer “portos seguros” no norte do Líbano.

Noutro confronto desta segunda-feira, pelo menos seis pessoas morreram – dois civis e quatro militares – e 10 ficaram feridas quando um contingente militar libanês que perseguia extremistas foi atacado por grupos armados, entre as cidades de Hanin e Mahmara, na região de Akkar, junto da fronteira com a Síria.

2/6: #Lebanon | The #EU extend sincere condolences to families of all victims & and express our sympathy to people of Lebanon— EU External Action (@eu_eeas) 27 outubro 2014

O conflito armado sírio, iniciado em março de 2011, provocou a mais grave instabilidade social no Líbano desde a própria guerra civil no país entre 1975 e 1990. A cidade de Tripoli tem sido palco de vários confrontos entre fações sunitas, que apoiam os rebeldes fundamentalistas sírios, e xiitas, que se mantêm do lado de Bashar al-Assad.

De uma forma geral, a guerra na Síria já provocou mais de 3,2 milhões de refugiados. Turquia, Jordânia e Líbano são os destinos mais procurados por aqueles que tentam fugir de um conflito que, de acordo com estimativas da ONU, já fez mais de 200 mil mortos.

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