Israel: Decisão de acelerar colonatos em Jerusalém provoca divisões

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Israel vai acelerar a construção de mais mil habitações em Jerusalém oriental, uma decisão que envenena ainda mais a já de si tensa atmosfera em torno da cidade, anexada e ocupada pelos israelitas.

No parlamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a decisão. Afirmou que “todos os governos israelitas nas últimas 5 décadas fizeram-no e é claro que estes locais terão sempre soberania de Israel. Os franceses constroem em Paris, os ingleses constroem em Londres, os israelitas constroem em Jerusalém”, justificou.

Mas nem todos no governo apoiam a decisão do executivo de apressar as coisas. O ministro israelita das Finanças, Yair Lapid, tem outra posição.

“Em princípio não me oponho aos colonatos, mas nesta altura, quando o processo diplomático está paralisado e temos que reconstruir as nossas relações com os Estados Unidos, este plano tem a oposição do nosso partido e vamos trabalhar no sentido de evitá-lo”, afirmou.

A questão de Jerusalém e a expansão dos colonatos israelitas são alguns dos pontos espinhosos do processo de paz e motivos para não haver progressos.

O recém-nomeado primeiro-ministro palestiniano visitou Jerusalém oriental, zona de maioria árabe, e reagiu à decisão do governo de Israel.

“Pedimos proteção internacional para a cidade santa de Jerusalém, para a Cisjordânia e a para a Faixa de Gaza. Apelamos à comunidade internacional, aos Estados Unidos e ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Nós dizemos que são suficientes os 48 anos de ocupação, parem com a ocupação”, insistiu Rami Hamdallah.

Israel conquistou Jerusalém oriental e a Cisjordânia na guerra dos seis dias em 1967. Considera a cidade a sua capital, um estatuto não reconhecido internacionalmente.

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