Residentes de um bairro predominantemente árabe em Jerusalém oriental anunciaram esta segunda-feira que várias famílias israelitas se instalaram em dois edifícios na área.
Os colonos israelitas teriam adquirido legalmente dois edifícios residenciais que se encontravam vazios no bairro palestiniano de Silwan.
O ato já mereceu críticas de Washington que afirma que ações desta natureza poderão tornar-se obstáculos a um acordo futuro.
Do lado palestiniano, a aquisição dos edifícios por israelitas é vista como mais uma tentativa de consolidar a presença judaica numa área tradicionalmente árabe.
“Isto é colonização. De cada vez que um israelita compra um território na Margem Ocidental, esse pedaço de terra torna-se numa zona militar que o governo israelita protege e ou controla passando a fazer parte das negociações com os israelitas sobre o território futuro do estado palestiniano” afirmou Nabil Shaath, conselheiro do presidente palestiniano Mahmoud Abbas.
Uma organização israelita dedicada a facilitar a compra de edifícios na área oriental de Jerusalém confirmou a aquisição dos dois imóveis onde agora se encontram oito famílias.
“A população judaica considera que vive no estado de Israel, numa capital unida onde judeus e árabes vivem lado a lado e os judeus têm o direito de se estabelecerem onde muito bem entenderem, em qualquer bairro, especialmente num velho bairro judaico” adianta Daniel Lurie, porta-voz da organização Ateret Cohanim.
A chegada das famílias judaicas suscitou mal-estar na área entre a população palestiniana.
No passado dia 30 de setembro, colonos judeus apropriaram-se de 25 apartamentos no mesmo bairro originando confrontos na área.