Continuam as buscas por sobreviventes no Nepal, mas as esperanças de encontrar pessoas, vivas, são cada vez menores.
A violenta tempestade de neve, que se abateu sobre a cordilheira dos Himalaias, atingiu mais de cinco centenas de montanhistas.
Estão desaparecidas cerca de 40 pessoas, foram recuperados, aproximadamente, o mesmo número de corpos. As buscas continuam a ser complicadas:
“O terreno está bom, mas o tempo e a altura da neve dificultam os nossos movimentos. Desde ontem que o tempo melhorou mas, apesar de ter parado de nevar, o vento está muito forte. Por isso, enquanto houver vento forte é muito difícil os helicópteros fazerem o seu trabalho”, adiantou o porta-voz do exército nepalês.
Este sábado foram mobilizados 12 aparelhos para as buscas, mas há zonas inacessíveis onde é impossível aterrar. A probabilidade do aumento do número de mortos é grande.
Sete alpinistas israelitas, que sobreviveram àquele que é já considerado um dos piores acidentes nas montanhas do Nepal, regressaram a casa este domingo:
“Eu estive lá duas noites, estive completamente enterrado na neve, cerca de 15 a 16 horas. E na outra noite estive fora da neve até que a equipa de resgate veio buscar-me”, explica um dos sobreviventes.
Mais de 370 pessoas foram resgatadas. Cerca de 230 dos sobreviventes são cidadãos estrangeiros, entre eles franceses, alemães e austríacos. Entre as vítimas estão canadianos, indianos, israelitas e polacos.