Violência, feridos e detenções, o parlamento da Ucrânia em Kiev foi palco de um protesto de milhares de pessoas, a maioria de extrema-direita.
A contestação depressa tornou-se violenta com a multidão a usar pedras e petardos e depois a envolver-se em confrontos com a polícia de choque. O resultado traduziu-se em pelo menos 15 feridos e 50 detidos.
O correspondente da Euronews, Dmytro Polonsky, em frente ao parlamento, relatou que “os manifestantes junto à Rada Suprema exigem aos deputados para aprovar uma lei a reconhecer os combatentes do Exército Insurgente da Ucrânia. As forças da ordem estão a usar gás lacrimogéneo e bastões, protegem o parlamento e os deputados”, adiantou.
Os manifestantes, segundo a polícia 8 mil, exigiam o reconhecimento dos membros do grupo que combateu os soviéticos mas que terá tido ligações aos nazis.
“Devíamos ter reconhecido o Exército Insurgente da Ucrânia há 20 anos quando éramos cerca de 12 mil veteranos. Agora, só restam umas centenas. Estamos aqui para reabilitar a história”, desabafa um veterano, que participou no protesto.
Uma jovem diz que “se o povo já tivesse reconhecido que os lideres desse grupo são heróis da Ucrânia, da Organização de Nacionalistas Ucranianos e do Exército Insurgente da Ucrânia, então certamente que o governo também já o teria feito. Senão haveria uma dissonância entre o governo e o povo”.
Apesar das bandeiras dos partidos “Liberdade” (Svoboda) e “Setor de Direita” (Pravy Sektor), as duas formações políticas de direita negaram qualquer responsabilidade.
Ao final da tarde, militantes do Pravy Sektor e alegados paramilitares do chamado Batalhão de Azov marcharam nas ruas capital ucraniana.