Na Turquia, um campus universitário em Istambul foi palco de confrontos entre dois grupos de estudantes. A violência teve lugar no dia 26 de setembro após um dos grupos ter pendurado uma bandeira na qual condenava a recente violência em Kobani. Poucos minutos depois, os estudantes foram atacados por simpatizantes do grupo extremista Estado Islâmico.
“Nós defendemo-nos atrás de mesas. Atiraram copos e pratos e nós fizemos o mesmo. Depois destruiram a nossa barricada e atacaram-nos. Três dos nossos amigos ficaram feridos”, adianta Aysegul Korkut, uma estudante que se viu envolvida nos confrontos.
O incidente é visto como mais um exemplo da radicalização que se tem vindo a acentuar no país nos últimos anos.
O analista político e professor de Relações Internacionais, Ahmet Kasim Han, afirma que “a espiral de radicalização é de tal ordem que, se não se fizer nada, irá originar situações extremas num período de tempo muito curto”.
Os incidentes de 26 de setembro marcaram o início de um ciclo de violência na Universidade de Istambul.
Esta segunda-feira a polícia deteve 42 estudantes que se envolveram em novos confrontos no campus de Beyazit.
Para uma parte crescente da população, figuras icónicas do extremismo têm vindo a ganhar popularidade.
“Eles são considerados terroristas pelos países ocidentais. Mas a definição de terrorismo também varia. Para nós, os jihadistas são heróis” defende Osman Akyildiz, proprietário de uma livraria especializada em temas islâmicos.
Sinais de alarme que podem sugerir tendências futuras; enquanto isso, os combates em Kobani prosseguem e os extremistas do grupo ISIL aproximam-se da fronteira turca.